Estamos
recebendo uma avalanche de informações e orientações nos últimos dias, especialmente
depois de confirmada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a pandemia do COVID-19, o Coronavírus. Informações necessárias, porém muitas vezes desencontradas
ou de fontes incertas. É um cenário de incertezas, de medo e mudanças radicais em
nossa rotina. E isso tudo afeta mais do que nossa saúde física. Nossa saúde
mental também acaba pagando o preço de conviver no cenário do Corona!
O Brasil,
segundo dados da OMS, tem o maior número de pessoas que sofrem com transtornos
de ansiedade no mundo. São 18,6 milhões de pessoas, o que corresponde há 9,3% da nossa
população. A ansiedade pode se manifestar de várias formas: nervosismo,
agitação, não conseguir pensar em outra coisa, estado de alerta constante, necessidade
de ver e ouvir constantemente informações sobre determinado assunto, e até mesmo
dificuldade para realizar tarefas rotineiras. E diante no cenário que estamos
vivendo tudo isso tende a aumentar. Além dos transtornos de ansiedade, há os
desconfortos causados pelas incertezas e medos, que podem se converter em
sintomas físicos, caso não sejam olhados com atenção.
Então como cuidar
de nossa saúde mental em tempos de Coronavírus?
Seguem algumas dicas:
Seguem algumas dicas:
- Pensamentos: pensar o tempo todo na doença pode facilitar o aparecimento de sintomas físicos em seu corpo, causados pela tensão. Para isso, procure identificar os pensamentos que vem lhe causando maior desconforto e procure mudar o foco no momento que perceber que eles recorrem.
- Informações: procure conferir as fontes e a veracidade das informações que recebe. Em tempos de redes sociais e Whatsapp acabamos recebendo muitas informações falsas e que acabam espalhando ainda mais pânico. A OMS, o Ministério da Saúde e muitos estados e municípios vem fazendo um trabalho fantástico neste sentido. O Ministério da Saúde, por exemplo, desenvolveu um aplicativo com dicas de prevenção, descrição de sintomas, formas de transmissão, mapa de unidades de saúde e até uma lista de notícias falsas que foram disseminadas sobre o assunto (esse app está disponível para os sistemas operacionais iOS e Android de forma gratuíta). Além disso, muitos estados e municípios vem montando forças-tarefa e grupos de trabalho específicos para orientar a população. Procure se informar em seu município!
- Seja realista, e procure manter a calma: é uma doença séria, precisa de cuidados e possivelmente uma mudança grande de rotina. Mas a calma certamente vai ajudar mais do que o pânico neste momento. Procure conversar de maneira clara com seus familiares, colegas e amigos sobre o assunto, mas procure manter a calma, se certificar de estar fazendo sua parte, seguir as orientações vindas dos órgãos de saúde, e também conversar também sobre outros assuntos e manter a rotina o mais próximos da normalidade possível.
- Emoções: fale sobre o que vem sentindo, e sobre as suas angustias em relação a tudo isso, com as pessoas que ama. Compartilhar neste momento pode ser terapêutico! E se estiver difícil lidar com tudo isso sozinho, não hesite em buscar ajuda de um profissional. Os psicólogos estão preparados para lhe auxiliar neste momento, inclusive já recebendo orientações do Conselho Federal de Psicologia.
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão (não esqueça de lavar bem entre os dedos, unhas e punho também);
- Fazer uso de álcool gel 70% nas mãos, e álcool comum ou desinfetantes ou ainda hipoclorito para higienizar as superfícies (como mesas, maçanetas, corrimão etc.). E não esqueça de higienizar também seu celular;
- Ao tossir ou espirrar, cobrir boca e nariz com a parte interna do cotovelo, evitando usar as mãos. E sempre que precisar coçar olhos e nariz fazer uso de lenços descartáveis;
- Mantenha os ambientes bem arejados (de preferência à janelas abertas ao invés de ar-condicionado);
- Caso apresente os sintomas, siga as orientações e busque os serviços de saúde.
Frente ao
cenário mundial, a estimativa é que os casos se tornem mais recorrentes nas
próximas semanas em nosso país. Então o momento é de pensar no coletivo, cuidar
de si e dos que amamos, e procurar manter a calma e nos nutrir de informações
verídicas.
Mantenha a calma.
Informe-se.
Atenção redobrada
com hábitos de higiene.
E lembre-se de
que evitar abraços, beijos e aglomerações, não significa que você não pode
ajudar as pessoas acolhendo com escuta e apoio!
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